Senar-ES prevê expansão dos serviços de Assistência Técnica e Gerencial para 2023

No final de 2022, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES) registrou uma entrada de produtores no programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) acima da meta prevista. A expectativa para 2023 é trabalhar mostrando a evolução das propriedades, alcançar municípios ainda não assistidos, atender novas culturas e capacitar mais técnicos.


O coordenador técnico do Senar-ES, Murilo Pedroni, pontuou que o cacau é uma cultura de destaque dentro do programa, por isso, o Senar Central criou em 2022 uma ATeG específica e o Espírito Santo foi um dos estados selecionados para participar.


“A cacauicultura é um segmento um pouco mais complexo quando se fala sobre a geração de lucro para o produtor. A maioria das propriedades rurais do Espírito Santo que plantam cacau possuem diversidade em sua lavoura, como café, banana, pecuária, entre outras fontes de renda, já que, só com o cacau, é muito difícil fechar as contas com lucro, e esse é um grande desafio para nós”, explicou Pedroni.


Nos dois anos e quatro meses de assistência que oferece, o Senar-ES trabalha para ajudar o produtor a seguir em busca da lucratividade a longo prazo. Para complementação, conta com consultorias individualizadas e treinamentos técnicos e de gestão para os cacauicultores.


“Os produtores do Espírito Santo ainda contam com uma grande vantagem, já que possuímos frutos de extrema qualidade em nossa região. Temos, como exemplo, uma produtora de Linhares, assistida por nós, que ganhou um concurso nacional que atestava a qualidade da melhor amêndoa”, ponderou o coordenador técnico.


Este ano o Senar-ES completa 30 anos de fundação e seis do programa de Assistência Técnica e Gerencial (AteG).


Cinco passos da ATeG


Tem acesso a esse serviço, de forma gratuita, todos os produtores rurais que têm a documentação de sua propriedade em dia e emitem nota fiscal.


O primeiro passo é o diagnóstico produtivo da propriedade, com utilização da ferramenta ISA – Indicadores de Sustentabilidade em Agro ecossistemas, desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Com o diagnóstico em mãos, é feito um planejamento, identificando a real situação da propriedade para traçar os objetivos a serem alcançados.


O terceiro ponto são as visitas, com os ajustes técnicos dentro da lavoura. Na sequência, no quarto passo, vêm as capacitações complementares, com a oportunidade de os produtores participarem de treinamentos do Senar e missões fora, para aprimorar a sua atividade e buscar novos mercados ou, até mesmo, mudar o foco da sua produção.


E o quinto passo é a análise sistemática dos resultados. Ao final do primeiro ano, o diagnóstico da propriedade é aplicado novamente para ver se houve um desempenho melhor do que quando o técnico começou. No final dos dois anos e quatro meses de assistência esse ciclo de análise de resultados se repete e conseguimos ver o desempenho.


Fonte: Redação Campo Vivo

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