Espírito Santo é o maior exportador de gengibre do Brasil

Com a chegada do inverno, o gengibre capixaba, o mais exportado nacionalmente, chega em seu período de maturação e colheita. Além de qualidades físicas que garantem a preferência da iguaria espírito-santense, há também certificações que garantem o título de melhor do país.


O Coordenador Centro Regional de Desenvolvimento Rural (CRDR) Central Serrano do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Galderes Magalhães, explica que o diferencial do gengibre capixaba aos demais do país se dá devido às peças de tamanho maior, casca brilhosa e lisa, assim como sua alta produtividade. Não obstante, a iguaria possui diversas certificações. "Se quiser envolver aspectos sociais e econômicos: possui certificações Global GAP, SMETA, GRASP, Orgânicos BR, CE e NOP".


De acordo com dados atualizados do Incaper, o Espírito Santo detém o título de maior exportador brasileiro de gengibre. "No ES, na safra de 2020/21 a estimativa de área cultivada foi de 900 hectares, o que permitiu uma colheita de cerca de 46.800 toneladas. Nossa produtividade média é de 52 toneladas por hectare, sendo que, em algumas propriedades, já avaliamos uma produção de até 120 toneladas para essa mesma proporção", detalhou Magalhães.


Ao todo, cerca de 90% do gengibre produzido no ES é exportado e o restante é consumido no Espírito Santo e em outros estados brasileiros.


Segundo a Galderes, no estado o gengibre é cultivado como cultura econômica na região serrana, onde a produção primăria cresce 20% ao ano, principalmente nos municípios de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Domingos Martins. O especialista pontua que há áreas de produção também em Santa Teresa, Marechal Floriano e Itarana.


Conforme o ilustrado por Magalhães, a grande produção de gengibre no estado deve-se a adaptação do produto às condições climáticas capixabas. "A planta do gengibre possui alta capacidade de adaptação climática, variando desde climas tropicais a subtropicais, com temperaturas entre 25 e 30°C e boa disponibilidade de água, principalmente na fase inicial. Solos de textura argilo arenosa são os mais indicados. Importante ter o período de frio na sua fase final para viabilizar o amadurecimento do rizoma".


Fonte: ES HOJE

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