Por: Mônica Caser
Fonte: Assessoria de Comunicação Faes / Senar-ES
A Comissão Técnica de Aquicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) realizou, na sexta-feira (5), uma reunião para discutir temas estratégicos e alinhar o planejamento para o próximo ano.
Entre os principais assuntos, destacou-se a análise da proposta de classificação de espécies exóticas invasoras apresentada pela CONABIO, com participação da assessora técnica da CNA, Kalinka Koza, que detalhou os possíveis impactos e desdobramentos para o setor aquícola. O tema tem gerado preocupação devido aos potenciais implicações econômicas, sociais e regulatórias.
De acordo com Kalinka, a suspensão temporária da elaboração da lista, anunciada pelo MMA em 04 de dezembro, não altera o prazo da consulta pública. O período para contribuições permanece aberto até 31 de dezembro, e ela reforçou que o envio dos pareceres técnicos dentro desse prazo é fundamental.
Diante disso, o presidente da Comissão Técnica de Aquicultura e vice-presidente da Faes, Wesley Mendes, deliberou a elaboração de um parecer técnico oficial da Federação, reunindo contribuições específicas do Espírito Santo. “O documento tem como objetivo reforçar a relevância econômica e social da tilápia para o Estado e evidenciar as fragilidades técnico-científicas identificadas na proposta apresentada pela CONABIO”, destacou.
O encontro também contou com a apresentação da iniciativa finalista do Programa CNA Jovem, desenvolvida pelo médico-veterinário Nícolas Gouvea, de Água Doce do Norte, voltada à agroindústria de pescado, demonstrando o potencial inovador e o protagonismo da nova geração do agro.
“A temática que estou desenvolvendo está relacionada à piscicultura, com foco na criação de agroindústrias familiares voltadas à produção de cortes especiais de pescado, especialmente de tilápia no Espírito Santo. Para isso, foi criada a plataforma digital Peixe Legal, que reúne e simplifica todas as informações necessárias para a implantação e formalização de uma agroindústria.”
A plataforma organiza o conteúdo de forma objetiva, oferecendo orientações claras para os registros no SIM e no SIF, além de apresentar o passo a passo completo para o produtor que deseja estruturar sua própria agroindústria.
Os membros da comissão definiram ainda o plano de ações e as missões técnicas previstas para 2026, com foco no fortalecimento da cadeia produtiva e na ampliação de oportunidades para os produtores capixabas.