CNA defende novo modelo de pol?tica agr?cola para garantir renda ao produtor rural | FAES-ES Notícias - FAES
CNA defende novo modelo de pol?tica agr?cola para garantir renda ao produtor rural
O vice-presidente Diretor da CNA, deputado Homero Pereira, defendeu nesta ter?a-feira (21/6) a implanta??o de um novo modelo de pol?tica agr?cola que garanta renda ao produtor rural
1 de setembro de 2020

O vice-presidente Diretor da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), deputado Homero Pereira, defendeu nesta ter?a-feira (21/6) a implanta??o de um novo modelo de pol?tica agr?cola que garanta renda ao produtor rural, mas que n?o fique restrito ? concess?o de cr?dito. Ao participar de audi?ncia p?blica na C?mara dos Deputados para debater o Plano Agr?cola e Pecu?rio (PAP) 2011/2012, ele afirmou que a libera??o de financiamento para a safra seja acompanhada de medidas como a assist?ncia t?cnica nas propriedades rurais.

Estas e outras a??es, na sua avalia??o, s?o necess?rias para que o produtor fa?a a aplica??o adequada dos recursos, para garantir a perman?ncia das fam?lias no campo e evitar o ?xodo rural. ?As quest?es pontuais s?o bem vindas, mas o que se anunciou ? pequeno perto do potencial do setor agropecu?rio. Mas a quest?o n?o ? s? financiar. Precisamos de outras gest?es para evitar o ?xodo rural. Assist?ncia t?cnica, pesquisa, cr?dito, mas principalmente a valoriza??o da fam?lia rural para que tenha renda e viver com dignidade?, destacou o deputado.


Falando como representante da CNA na audi?ncia, o coordenador de Assuntos Econ?micos da entidade, Renato Conchon, explicou que um dos pontos deste novo modelo de pol?tica agr?cola, que a Confedera??o discute com o governo federal, ? a elabora??o de um plano agr?cola e pecu?rio que seja plurianual, ou seja, para v?rios anos, e n?o anual, como ocorre atualmente. Segundo ele, o per?odo ideal seria de cinco anos, para delinear medidas de m?dio prazo para o setor para que, no caso de imprevistos, o plano seja ajustado durante o per?odo. Este nove modelo tamb?m ajudaria na melhoria de renda, permitindo que um grande universo de produtores que vivem da agropecu?ria para subsist?ncia possam transformar a atividade em neg?cio e obter lucro.

?Hoje ? necess?rio criar condi??es para o aumento da classe m?dia rural para que o produtor saia de uma vertente em que n?o consegue renda para se sustentar?, enfatizou. Ao abordar pontos do PAP 2011/2012, principal motivo da audi?ncia p?blica, Conchon destacou medidas positivas, como a cria??o de linhas de cr?dito para aquisi??o de matrizes e para a renova??o de lavouras de cana-de-a??car. Elogiou tamb?m a manuten??o dos juros controlados para 80% do volume total de recursos destinados ao custeio da pr?xima safra. No PAP, o montante total de custeio ? de R$ 80,2 bilh?es, dos quais R$ 64,1 bilh?es com juros controlados, a 6,75% ao ano.

?Em um cen?rio de alta das commodities e da Taxa Selic, a manuten??o dos juros controlados ? muito positiva?, destacou. Outra medida positiva destacada pelo coordenador se refere ? sustentabilidade na produ??o, previsto no programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que ter? R$ 3,15 bilh?es para pr?ticas que reduzam a emiss?o de Gases de Efeito Estufa (GEE). No entanto, ele fez ressalva em rela??o a outros t?picos que precisam ser rediscutidos e ajustados, como a redu??o dos pre?os m?nimos para o milho em Mato Grosso e do feij?o. ?S?o pontos que precisam ser reavaliados para n?o causar distor??es em rela??o a outras regi?es e evitar preju?zos a alguns produtores?, alertou.

Cooperativismo ? Para o presidente da Organiza??o das Cooperativas Brasileiras (OCB), M?rcio Lopes de Freitas, um dos expositores do debate, o volume de R$ 107,2 bilh?es ?? pequeno perto do potencial do agroneg?cio brasileiro?. Na sua avalia??o alguns pontos do PAP 2011/2012 desfavoreceram as cooperativas, que hoje contemplam 47% da produ??o agr?cola brasileira, como a redu??o de recursos para o Programa de Capitaliza??o das Cooperativas de Produ??o Agropecu?ria (Procap-Agro), que tamb?m ter? menor prazo para reembolso, do prazo de car?ncia, dos limites de financiamento para cooperativas singulares e dos recursos programados para capital de giro.

Assist?ncia t?cnica ? A assist?ncia t?cnica foi outro tema bastante abordado na audi?ncia. O presidente da Associa??o Brasileira das Entidades Estaduais de Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Asbraer), J?lio Zo? de Brito, informou que tr?s milh?es de produtores ainda n?o t?m acesso a assist?ncia t?cnica e extens?o rural. ?Apesar de todo o esfor?o, ainda h? tr?s milh?es que n?o recebem apoio e precisamos fazer com que isso chegue a todos?, afirmou.

Tamb?m participaram da audi?ncia p?blica: o secret?rio de Agricultura Familiar do Minist?rio do Desenvolvimento Agr?rio, Laudemir Muller; o coordenador-geral de An?lises Econ?micas do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Ara?jo; o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Alberto Tavares; o diretor de Agroneg?cios do Banco do Brasil, Ives Cezar F?lber; o superintendente da ?rea de Agricultura Familiar e Microfinan?a Rural do Banco do Nordeste, Luis S?rgio Farias Machado; a gerente-executiva de Microfinan?as e Agricultura Familiar do Banco da Amaz?nia, Cristina Ferreira Lopes; e o assessor de Pol?tica Agr?cola da Confedera??o Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Paulo de Oliveira Poleze.

Fonte: Canal do Produtor

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