Banco do Brasil destina R$ 1,87 bi em recursos para safra no Espírito Santo

O Banco do Brasil (BB) vai destinar R$ 1,87 bilhão para o Espírito Santo, para a safra 2021/2022. O montante é quase 20% a mais do que o liberado na safra anterior. No país, serão aplicados 135 bilhões, crescimento de mais de 17% no crédito para a agricultura. “É o maior Plano Safra da história, o que tem maior disponibilidade de recursos”, avalia o superintendente estadual do BB, Sinvaldo Vieira dos Santos.


A carteira do banco destinada ao agronegócio capixaba, hoje, conta com R$ 4,38 bilhões. “Desse total, 70% dos recursos são aportados em investimento e os 30%, em custeio. Temos uma concentração de 57% na agricultura familiar, no Pronaf, o que dá R$ 2,5 bilhões. Dentro da composição da carteira temos a predominância dos cafés arábica e conilon, com 55% dos valores aplicados nessas culturas, ou R$ 2,42 bilhões. E há, ainda, R$ 875 milhões na pecuária de corte e leite. Quer dizer, os cafés conilon e arábica e pecuária respondem 75% dos recursos aplicados no Espírito Santo”, avalia o superintendente.

No entanto, uma cultura chama a atenção no Estado: a pimenta. “Comparando o Plano Safra 19/20 com o atual, a cultura cresceu 71% no volume de recursos aplicados. É o maior crescimento financiado pelo banco de uma cultura no Estado. O tomate também teve um crescimento grande, em torno de 27%”.

Taxa de juro


A taxa de juro praticada para pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), varia de 3% a 4,5% ao ano para operações de custeio e investimento. Para os médios produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros praticadas com custeio serão de 5,5% ao ano e investimento, 6,5% ao ano. Para os demais produtores, o custeio tem a taxa de 7,5% ao ano. Na comercialização, o juro será de 7,5% ao ano.


Segundo o superintendente, para quem está inadimplente, o BB trabalha com uma política permanente de renegociação de dívidas, alongamento de prazos e acordos baseados na capacidade de pagamento dos produtores.


“Os agricultores têm uma coerência e grande capacidade de honrar seus compromissos. Observamos uma redução na inadimplência do produtor rural. Ela só ocorre em casos de evento extraordinário da natureza, intempéries. O agricultor vai muito bem comercialmente, honra seus compromissos, investe o lucro. O momento é muito bom para a agricultura”.

Fonte: Conexão Safra

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