Na segunda-feira (18), o Estado do Espírito Santo deu um passo significativo em direção à criação do Polo de Agricultura Irrigada do Norte do Espírito Santo, cuja proposta inicial é englobar os 31 municípios da área da Sudene, onde a Associação dos Irrigantes do Espírito Santo está sediada. A audiência no Palácio Anchieta com o governador em exercício, Ricardo Ferraço, lançou as bases para o polo de agricultura irrigada e recebeu elogios da diretora do Departamento de Irrigação, Larissa Rego, à capacidade de mobilização dos capixabas.
A criação de um grupo de trabalho foi sugerida por Ferraço. Esse grupo realizou sua primeira reunião na Federação da Agricultura e Pecuária do ES (FAES), ainda na tarde de ontem, e definiu um calendário que inclui eventos cruciais para a concretização do polo.
Participaram da reunião, além dos representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, e dos deputados Mazinho dos Anjos e Lucas Scaramussa, Murilo Pedroni, coordenador técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do ES (Senar-ES); Júlio Rocha, presidente da Faes; presidente da Assipes, Thiago Orletti, e seu vice, Érico Orletti; o vice-presidente do Sindicato Patronal Rural de Pinheiros, Abdias Junior; Jordana Girardello, assessora técnica da comissão nacional da irrigação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA); e José Roberto Macedo Fontes, presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex).
Do Governo do Estado, participam o presidente do Incaper, Franco Fiorot, e o diretor técnico Antonio Elias Souza da Silva; José Roberto, diretor técnico da Agência de Águas do Espírito Santo. E, ainda, representando o Consórcio Prodnorte, que reúne 12 municípios, o prefeito de Montanha, André Sampaio.
Murilo Pedroni destacou a importância da participação ativa da FAES na iniciativa. "A Federação desempenha um papel fundamental na promoção e apoio à agricultura irrigada em nosso estado. Estamos comprometidos em unir esforços com todos os envolvidos nesse projeto ambicioso, visando o desenvolvimento sustentável de nossa região e o fortalecimento do setor agrícola capixaba."
Depois da audiência no Palácio Anchieta, os deputados Mazinho dos Anjos e Lucas Scaramussa protocolaram nesta segunda-feira (18) um Projeto de Lei declarando 15 de junho como o "Dia Estadual da Agricultura Irrigada". Desde 2021, esta data é celebrada também como "Dia Nacional da Agricultura Irrigada".
Oficinas
O grupo de trabalho definiu que a equipe do Ministério fará visita técnica ao campo no dia 25 de outubro, e no dia seguinte, 26 de outubro, a oficina de trabalho com lideranças e empreendedores da região, em Pinheiros, coincidindo com a abertura da Pinheiros AgroShow, que promete ser o maior evento agro do Extremo Norte capixaba. Antes disso, haverá uma reunião online de alinhamento no dia 9 de outubro.
O que é agricultura irrigada?
Em síntese, agricultura irrigada é o termo adotado para denominar as áreas agrícolas que empregam a irrigação em suas atividades. Assim, quando nos referimos a agricultura irrigada, estamos falando de uma prática agrícola capaz de suprir a deficiência total ou parcial de água das plantas. Para isso, utilizam-se métodos, equipamentos e sistemas para fornecer a quantidade necessária de água, maximizando os resultados de produção na lavoura.
Qual é o objetivo da agricultura irrigada?
A irrigação tem como principal objetivo fornecer meios mais viáveis de se lidar com a falta de recursos hídricos disponíveis. Logo, quando há escassez de água em regiões específicas, a irrigação cumpre o papel de fornecer água suficiente para garantir a produtividade das culturas.
Além disso, com o uso da irrigação na agricultura, é possível evitar perdas de produção em decorrência da escassez de chuvas. Outra vantagem é a possibilidade de produzir em época de entressafra, bem como os ganhos em produtividade e qualidade no produto final.
Em resumo, com o manejo correto de irrigação, o produtor consegue aplicar a quantidade adequada de água no momento certo e, consequentemente, reduzir os custos de produção e aumentar a sustentabilidade do sistema produtivo.