Apesar da alta cota??o do cacau no exterior, baixa do d?lar prejudica produtor brasileiro
1 de setembro de 2020
O mercado internacional de cacau est? com demanda aquecida. E desde o conflito na Costa do Marfim, maior produtor mundial do fruto, os pre?os est?o elevados. Apesar disso, por causa da baixa cota??o do d?lar, o produtor brasileiro nem sempre ? beneficiado.
O mercado de cacau depende de dois fatores: a cota??o do mercado futuro na bolsa de Nova York e a compra interna da ind?stria de chocolates. O diretor da Ind?stria e Com?rcio de Cacau Ltda (Indeca), Luis Aguire, afirma que desde o conflito no pa?s africano, as cota??es est?o subindo. Os valores est?o acima de US$ 3 mil. Mas para ele, a ind?stria processadora de cacau no Brasil n?o sofre tanta influ?ncia deste cen?rio porque consegue repassar a alta nos pre?os.
? N?s, como somos uma processadora, o pre?o em si n?o nos afeta. Agora, ? claro, que para uma firma final, que vende na prateleira, essa sim, porque ela tem um limite que o consumidor est? disposto a pagar ? disse Luis Aguirre.
O chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) da Comiss?o Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Adonias de Castro, avalia que a pol?tica cambial se torna desfavor?vel ao produtor. Com o d?lar baixo, mesmo que os pre?os do cacau subam no mercado internacional, muitas vezes o valor fica mais baixo no Brasil.
O produtor brasileiro recebia em media R$ 85 pela arroba de 15 quilos de cacau no ano passado, mas at? junho deste ano esta m?dia de pre?o caiu para R$ 81. Outra preocupa??o s?o os custos com a m?o-de-obra.
? A m?o-de-obra no Brasil tem um aumento anual e isso depende das condi??es do mercado, porque o cacau depende muito do que acontece na bolsa. Enquanto que esses pre?os s?o aumentados praticamente por decreto ano a ano, ? poss?vel que a margem do produtor v? sendo diminu?da, sobretudo, porque a lavoura ? muito pouco mecaniz?vel ? falou Adonias de Castro.
Apesar das dificuldades, a perspectiva para o cacau ? otimista. A demanda est? aquecida no mundo e tamb?m no Brasil. O pa?s ? o sexto maior produtor mundial, produz uma m?dia de 180 mil toneladas de cacau por ano, volume insuficiente para atender a ind?stria, que acaba importando o fruto. Mas quando o assunto ? um produto derivado do cacau, o Brasil tem posi??o privilegiada.
O Brasil ? o quarto maior consumidor de chocolate do mundo. Produz, em m?dia, 500 mil toneladas do produto. E a tend?ncia ? de crescimento. Todos os anos, o consumo de chocolate aumenta 10% no pa?s.
? Normalmente a gente tinha uma sazonalidade mais marcada para o terceiro trimestre do ano, quando come?a a campanha da P?scoa. Agora a gente est? sentindo que essa press?o come?a a ser constante ao longo do ano. Existe uma sazonalidade, mas em termos de compra de ingredientes n?o existe uma demarca??o t?o forte ? observou Patr?cia Moles, presidente da Associa??o das Ind?strias Processadoras de Cacau (AIPC).
A especialista em chocolates, Juliana Badar?, trabalha em uma empresa voltada para o chamado mercado do chocolate de luxo, a Harald. Segundo ela, este nicho cresce quase 20% ao ano. Ela diz que existe consumidor disposto a pagar alto para degustar este tipo de chocolate.
? ? um mercado que valoriza a quest?o da sa?de, o status, o valor agregado e um produto de qualidade. Ent?o, ele n?o se importa de pagar mais por um produto diferenciado ? disse Juliana Badar?, chef chocolatier da Harald.
Fonte:
O mercado de cacau depende de dois fatores: a cota??o do mercado futuro na bolsa de Nova York e a compra interna da ind?stria de chocolates. O diretor da Ind?stria e Com?rcio de Cacau Ltda (Indeca), Luis Aguire, afirma que desde o conflito no pa?s africano, as cota??es est?o subindo. Os valores est?o acima de US$ 3 mil. Mas para ele, a ind?stria processadora de cacau no Brasil n?o sofre tanta influ?ncia deste cen?rio porque consegue repassar a alta nos pre?os.
? N?s, como somos uma processadora, o pre?o em si n?o nos afeta. Agora, ? claro, que para uma firma final, que vende na prateleira, essa sim, porque ela tem um limite que o consumidor est? disposto a pagar ? disse Luis Aguirre.
O chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) da Comiss?o Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Adonias de Castro, avalia que a pol?tica cambial se torna desfavor?vel ao produtor. Com o d?lar baixo, mesmo que os pre?os do cacau subam no mercado internacional, muitas vezes o valor fica mais baixo no Brasil.
O produtor brasileiro recebia em media R$ 85 pela arroba de 15 quilos de cacau no ano passado, mas at? junho deste ano esta m?dia de pre?o caiu para R$ 81. Outra preocupa??o s?o os custos com a m?o-de-obra.
? A m?o-de-obra no Brasil tem um aumento anual e isso depende das condi??es do mercado, porque o cacau depende muito do que acontece na bolsa. Enquanto que esses pre?os s?o aumentados praticamente por decreto ano a ano, ? poss?vel que a margem do produtor v? sendo diminu?da, sobretudo, porque a lavoura ? muito pouco mecaniz?vel ? falou Adonias de Castro.
Apesar das dificuldades, a perspectiva para o cacau ? otimista. A demanda est? aquecida no mundo e tamb?m no Brasil. O pa?s ? o sexto maior produtor mundial, produz uma m?dia de 180 mil toneladas de cacau por ano, volume insuficiente para atender a ind?stria, que acaba importando o fruto. Mas quando o assunto ? um produto derivado do cacau, o Brasil tem posi??o privilegiada.
O Brasil ? o quarto maior consumidor de chocolate do mundo. Produz, em m?dia, 500 mil toneladas do produto. E a tend?ncia ? de crescimento. Todos os anos, o consumo de chocolate aumenta 10% no pa?s.
? Normalmente a gente tinha uma sazonalidade mais marcada para o terceiro trimestre do ano, quando come?a a campanha da P?scoa. Agora a gente est? sentindo que essa press?o come?a a ser constante ao longo do ano. Existe uma sazonalidade, mas em termos de compra de ingredientes n?o existe uma demarca??o t?o forte ? observou Patr?cia Moles, presidente da Associa??o das Ind?strias Processadoras de Cacau (AIPC).
A especialista em chocolates, Juliana Badar?, trabalha em uma empresa voltada para o chamado mercado do chocolate de luxo, a Harald. Segundo ela, este nicho cresce quase 20% ao ano. Ela diz que existe consumidor disposto a pagar alto para degustar este tipo de chocolate.
? ? um mercado que valoriza a quest?o da sa?de, o status, o valor agregado e um produto de qualidade. Ent?o, ele n?o se importa de pagar mais por um produto diferenciado ? disse Juliana Badar?, chef chocolatier da Harald.
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